quarta-feira, 26 de julho de 2017

Os prazeres e as dores da AMAmentação

            Quando me falaram que eu iria sentir dor para amamentar eu pensava que não seria tanto. Achava que era uma dor como de um beliscão, mas não. Eu já quebrei o dedinho do pé e posso afirmar que é a mesma dor, se não for pior. Na maternidade, quando eu estava amamentando não sentia nada, mas foi só chegar em casa...

            Os primeiros dias em casa foram os mais difíceis durante a amamentação. O peito doía de mais porque estava começando a ter leite e ficara empedrado, o bico do peito rachado, sangrando e a minha bebê que não puxa o leite direito. Nossa como foi difícil, sofrido... A cada mamada era uma lágrima minha de descia, a dor era tanta que pensei em puxar o leite com a bomba e dar na chu
quinha. Mas resisti bravamente. Eu usava creme no bico do peito para não rachar mais do que já estava. Fazia compressa de água quente e depois de gelo para aliviar a dor do peito enchendo de leite. E mesmo assim, a cada mamada a dor era tremenda.

            Por causa desse estresse, a Gabriella emagreceu 200 gramas na primeira semana de vida. Sai da primeira consulta com a pediatra chorando, a minha pituquinha estava magrinha e a culpa era minha, porque sentia dor ao amamentar e torcia para que ela acabasse logo ou deixava ela dormi por mais de quatro horas. No caminho de volta para casa, fui pensando que não estava mais sozinha e para a Gabi ter saúde, ela precisava de mim. Então, coloquei na minha cabeça: vou amamentar mesmo com dor, minha filha tem que ganhar peso. Cheguei em casa dei de mamar com dor, chorando mas dei. De duas em duas horas, eu estava lá sentada na minha poltrona amamentando e chorando.

            Na segunda semana, as coisas começaram a melhorar para nós duas. Eu comecei a me organizar para as mamadas - sim é preciso se organizar, se não é um desespero para o neném esfomeado - e a minha Gabi começou a pegar melhor no peito. O que era dor, suor, lágrimas e sangue passou a ser um momento de paz. A dor não foi completamente embora. Dependendo de como ela puxa dói, mas nada comparado aos primeiros dias.

             A segunda visita à pediatra foi uma felicidade só, Gabi havia ganho os 200 gramas que perdeu. Eu sai de lá me sentindo a melhor mãe do mundo e mais determinada. A amamentação continuaria e ela iriam crescer com saúde.

            O lema, aqui em casa, foi livre demanda: mame a hora que quiser, quantas vezes quiser e a quantidade que quiser. O leite materno foi o único alimento da Gabriella até o quinto mês, porque eu tive que voltar a trabalhar...
           

AMAmentação é um ato de AMOR!  

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