Diferente das outras escolas, as aulas da escola da Gabi começaram
em janeiro. A primeira semana foi adaptação, ela não ficou o horário que
deveria, ficou só algumas horinhas. No primeiro dia, ela não chorou, no segundo
sim porque ela queria ficar desenhando lá no pátio, mas tinha que subir para
sala de aula. No geral, a adaptação foi conforme o esperado, com um pouquinho
de choro e resistência. Na segunda semana de aula foi o mesmo jeito, um
chorinho para entrar, mas depois que a brincadeira começava ela se esbaldava.
Tudo ia muito bem até a terceira semana.
Do nada a Gabi começou com um resfriado chato, nariz
escorrendo, tose. Achei que fosse alergia e dei os remédios para tal só que a situação piorou.
Veio o vômito. Ela ficou um dia inteiro sem comer, só vomitando, inclusive
vomitando água, leite, suco, nada parava no estômago. Levamos à emergência, lá
ela tomou injeção com um remédio para parar o vômito. O Vômito parou. Na emergência,
a medica avisou de uma virose que parecia
um resfriado comum, mas dava vômito e diarreia. Voltamos para casa, nada dela comer, apenas bebia
– pelo menos não ficava desidratada. No dia seguinte, a Gabi não abria o olho. Os
olhinhos estavam grudados, cheios de remela, era conjuntivite. Mais uma vez
paramos na emergência para saber se era só limpar com soro ou tinha algo a mais
para usar. Passei o dia limpando os olhos da Gabi e tentando faze-la comer, mas
nada, só água, água de coco, suco e mamá.
E ai veio a diarreia. No meio da madrugada, ela acordou me chamando para
trocar a fralda que estava vazando.
Era oficial ela estava com essa tal dessa virose e de brinde
uma conjuntivite. É claro que não levei a Gabi para escola por uma semana, as
outras crianças poderiam pegar, não era justo com as outras mães. Ela ficou com
a vó, minha mãe, durante esse tempo até
se recuperar. Eu sabia que ela pegou isso na escola, porque a Gabriella coloca
tudo na boca e por mais que tenham professores e assistentes, elas não
conseguiriam evitar isso. Mas o que eu não sabia que isso tinha nome: “crechite”.
O nome é “Crechite” porque quando as crianças começam a
frequentar a creche elas pegam tudo que começa com “ite”: conjuntivite, otite,
amigdalite, sinusite...
Essas doenças ocorrem porque o sistema imunológico da
criança ainda está em formação, e as imunoglobulinas responsáveis pela defesa
plena do organismo só estarão com a produção total aos 7 anos de idade. Para completar
é o que eu falei acima, criança leva tudo à boca e todas as infecções são
transmitidas por gotículas. Na creche/escolinha as crianças compartilham vírus/bactérias
por isso cada semana um está doente, por um lado é bom porque as crianças vão "adquirindo
resistência", o organismo dos pequenos vai aprendendo a combater esses vírus.
Mas devemos fica alerta quando a criança tem:
2 ou mais pneumonias no ano; 4 ou
mais novas otites no ano; estomatites de
repetição; abcessos de repetição ou ectima; um episódio de infecção sistêmica
grave (meningite, osteoartrite, septicemia); infecções intestinais de repetição
ou diarreia crônica; asma grave, doença do colágeno ou doença autoimune.
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